Devido a chegada do mês de setembro resolvemos criar um post sobre um assunto muito delicado.
Não somos psicólogos, então trouxemos uma matéria do site psico.online;
São apenas 5 minutos de leitura:
SobreViver: O mês de Setembro está chegando e ele vem com a cor amarela para falarmos da conscientização sobre o suicídio. Um assunto que precisa deixar de ser tabu para salvar vidas e ajudar aqueles que já tiveram a experiência de alguma maneira.
Já falamos sobre suicídio e Setembro Amarelo (#setembroamarelo) outras vezes no blog, você pode conferir aqui, aqui e aqui. Neste ano, em parceria com o Projeto Sobre[Viver], traremos uma série de textos sobre o assunto neste mês sobre a conscientização da prevenção ao suicídio.
“Por que tirar a própria vida?”
Essa é uma das principais perguntas que as pessoas fazem ao se deparar com uma história de uma vida terminada por um ato suicida.
O que é totalmente compreensível, visto que o suicídio contraria um dos principais instintos humanos: a preservação da vida a qualquer custo.
Normalmente esta pergunta que permanece nos nossos pensamentos, tende a ir e voltar sem encontrar explicação plausível que a silencie.
Quando se escuta ou se acompanha o caso de alguém que se suicidou, tende-se a atribuir a causa do ato a um dos últimos acontecimentos na vida da pessoa, como por exemplo, ter sido reprovado em um processo seletivo ou o rompimento de um relacionamento afetivo.
Ao limitarmos o indivíduo a um único evento que nos parece aversivo, reduzimos toda uma história de vida a um único fator precipitante e impondo o que, em nossa visão, seria um motivo que justifique o ato.
Entende-se que o indivíduo que apresenta comportamentos suicidas possui não um, mas sim diversos fatores que fazem sentir que sua única saída é o suicídio.
#setembroamarelo divulgue este post
Desse modo, trabalha-se para que que sua vivência não seja negligenciada por apenas um acontecimento ou imposta por julgamentos próprios referente àquele momento.
Todos os acontecimentos que despertam sentimentos incômodos buscam por algumas respostas que gerem algum tipo de tranquilidade interna, e é justamente por este motivo, que as pessoas necessitam determinar causas que justifiquem o ato suicida.
Desta forma, compreende-se que a busca por possíveis causas ao ato suicida é uma busca pessoal, uma vez que é um ato determinado por uma multiplicidade de fatores e, reduzir o indivíduo a um único eliminaria toda sua bagagem de vida.
Segundo Edwin Shneidman, conhecido como pai da Suicidologia, o indivíduo com comportamento suicida apresenta o que chamou de Psychache, na tradução literal, a Dor da Alma, uma dor tão profunda e tão lancinante que nem o próprio indivíduo que a sente consegue localizá-la ou simbolizá-la.
Shneidman explica que, para o indivíduo, esta dor da alma impõe uma situação intolerável, interminável e inescapável, a ponto de que, biologicamente, sua visão de possibilidades vá continuamente se estreitamento, até o ponto de que o suicídio se torna sua ÚNICA alternativa para findar a dor.
A melhor forma de entender o motivo que uma pessoa atenta contra a própria vida, é ter ciência de que ela está em um sofrimento psíquico tão intenso que lhe reverbera um estreitamento real de visão, até que suas possibilidades se extingam e lhe reste apenas o suicídio como única alternativa.
Sobreviver: Porque precisamos falar sobre suicídio?
O suicídio ainda é um tema carregado de mitos e tabus que necessitam desconstrução para que as pessoas que se encontram em uma situação de sofrimento psíquico tão profundo – a ponto de ver o suicídio como única alternativa -, possam ter voz e espaço na sociedade.
Somente com espaço para esta temática é que estes indivíduos encontrarão pessoas e locais que a acolham e a escute, livre de julgamentos e pré-conceitos, possibilitando que através do diálogo sem apontamento, exercitemos a capacidade de reflexão e a ampliação das possibilidades de resolução daquilo que estiver causando tanta dor.
E permitindo assim, tratamento, médico, psicológico dos indivíduos que estão sofrendo.
Cabe lembrar que a dor é de quem está sentindo e assim deve ser vista.
Cada um reage de forma particular frente aos eventos e, inferir como a pessoa deveria ou não sentir estes eventos soa como uma tentativa de imposição de comportamento ou mesmo de julgamento.
Precisamos falar do suicídio para que a desmistificação do tema seja disseminada.
Assim as pessoas que se encontram em sofrimento psíquico encontrarão meios de dar vazão para esta dor e ampliar seu leque de alternativas para findá-la e sobreviver neste nosso mundo complexo.
O que fazer?
Na dúvida de como agir quando alguém se sente tão seguro contigo a ponto de expor que pensa ou que já pensou em tirar a própria vida, comece pela empatia.
Pense em como você gostaria de ser tratado caso estivesse confiando em alguém algo muito íntimo e delicado de sua particularidade.
E caso você não se sinta confortável em falar sobre este assunto, não há necessidade de negligenciar a ajuda a esta pessoa.
Você pode ajudar sim, e pode escolher como.
Ceder informações úteis a quem precisa é uma das formas de ajuda mais importante, tenha em mãos o número do CVV – 188 ou saiba onde encontrar ajuda profissional.
Leia os materiais compartilhados no #setembroamarelo, procure por alguém que possa ajudar com isso!
Mas principalmente, se disponibilize de corpo e mente para quem busca ajuda.
Se fazer presente pode fazer toda a diferença na vida daquela pessoa. Sobreviver. E se sentir a vontade, questione o que você pode fazer para que ela se sinta melhor.
Cada um pode fazer algo por alguém!
Você pode fazer a diferença na vida de alguém!
Faça sua parte e lembre-se: Quando uma pessoa pensa em suicídio, ela quer matar a dor, mas nunca a vida (Augusto Cury).
Diante da necessidade preventiva em trazer a temática com suicídio para debate e ciente de que cada cidadão possui sua responsabilidade social, juntamente com uma amiga e colega de profissão, foi idealizado o Projeto Sobre[Viver] de Prevenção ao Suicídio e Promoção a Posvenção com a missão em disseminar informações e desmistificar o tema.
Quer saber mais sobre suicídio, acesse: www.sobreviver.org, entre em contato.
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